Por mais que os dias e os anos passem eu ainda não descobri como me encontrar, como realmente me mostrar, de quem amar...
É tudo confuso, mas eu sempre me prendo à dois ou mais amores e depois não sei como decidir, com quem ficar, mas dessa vez é mais complicado, os dois são "amigos" e o que eu tenho a dizer sobre isso? Nada. Não é que eu já soubesse disso, tudo ocorreu tão mais rápido quanto eu imaginava, do que eu planejava...
Eu poderia usar como desculpa o meu "frágil" estado emocional por recém ter terminado um namoro e incluindo isso com a bebida colocaria a culpa no poder de persuasão do primeiro, pois à princípio as nossas conversas bateram e a vontade surgiu, mas não posso dizer que só foi ele o culpado por esse envolvimento prematuro de minha parte, pois não foi apenas uma vez, uma noite, um beijo escondido e sim quatro noites seguidas e enquanto tudo isso ocorria a conversa com o outro só aumentava, só ficava mais intíma, esperando uma brecha alheia para aflorar.
E foi assim que exatamente ocorreu, na noite em que não poderíamos nos encontrar, fui "correr" com o outro, e nesse "correr" me encantei com seu sorriso, assim, logo de cara, a conversa fluía química e espontaneamente, até que em um determinado momento descobri que os dois se conheciam, eram amigos e que por um rélis erro destino desejavam a mesma mulher.
Minha cabeça girava, não sabia para onde correr, como encontrar uma saída daquela situação, minha consciência me dizia para parar com aquilo, mas a cada segundo que se passava o quê eu estava sentindo se tornava mais incontrolável, a vontade de tocar sua pele, sentir o toque de suas mãos sob as minhas, o calor do seu abraço, era quase que insuportável, minha cabeça girava e meus pensamentos viajavam sem saber que rumo tomar para voltar, só voltou quando senti o toque de suas mãos virando o meu corpo para o seu lado e seus lábios tocando os meus, foi nesse exato momento que tudo ao mesmo tempo que fez sentido deixou de fazer.
