' E assim o tempo vai passando...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

O mundo dá voltas!


Em meros dias como este juro que estaria sentada em algum lugar calmo, lendo um livro ou quem sabe escutando uma música e esperando ser arrebatada por algum tipo de sentimento diferente, algo fora do comum. Mas, como sentir algo fora do comum, se tudo o que eu sei, se tudo o que eu sinto, se tudo o que eu sou é resumido em uma única palavra. Aconchegante, inspirador, sedutor, o amor é a mistura disto tudo, e tudo isso separado, nas devidas medidas para tornar tudo mais colorido. Não é algo tão intenso, por mais que pareça. O amor é o puro gosto do amargo, e é a droga mais doce. Tinha em mente cada um desses critérios para descrevê-lo, cada adjetivo gravado. Tinha. Já tive o meu tempo contigo, cheio de expectativas. Quando hoje me lembro de tudo o que eu poderia ter feito, como poderia ter dito e não me encolhido, com medo de sua reação, com medo de nossa separação. Porém, hoje as circunstâncias são diferentes. Você, que era toda a luz que um dia eu pude esperar ter em meu caminho, estrela do meu céu, se foi, sendo cadente.
Vi todas as expectativas desaparecerem do meu peito como se elas realmente já não existivessem mortas. Devoção! Foi esse o meu erro. Tudo o que eu sempre fiz em relação a você e as inúmeras coisas que eu deixei de fazer, são fruto do mesmo motivo. Eu não conseguia, eu não queria te magoar, por você ser meu chão, meu teto. Eu não poderia ser imperfeita, não poderia errar, e por isso me dedicava tanto a uma coisa, as vezes exagerando. As outras coisas eu não lhe mostrei foi por puro medo. Medo de que você me julgaria, medo de que você fizesse o juízo de que eu era detentora - pelo menos sob a minha perspectiva. Detentora sim, pois queria reservar seu amor apenas para mim. Queria exclusividade, rouba-lo, raptar esse pedaçõ que por mais que fosse ser meu, seria eternamente escrava-dependente.
Meus pensamentos me levaram sem rumo no mundo da imaginação, mas sempre chego ao mesmo ponto, longe, contigo, lá... Inalcançável. Começo a entender que existem certas coisas que só se completam quando se encaixam. Acho que nunca me encaixei realmente na sua forma, por mais que me convencesse cada dia mais disso. Engano, engano e engano. O amor que sentia era puro e verdadeiro, a saudade, a vontade, a ansiedade e todos os outros sentimentos cabíveis foram verdadeiros, porém eu metia pra mim mesma quando todo dia de manhã me moldava a sua maneira.
Mas, então chegou a tal hora em que a verdade se fez presente, e realmente percebi que precisava me separar, me ocupar, me valorizar. Tanto quanto você precisava de espaço, precisava viver a sua vida. Até parece engraçado como tudo o que partia de mim era intenso, enqanto o que partia de você era lentamente, com um indizível toque de compaixão - justamente esse toque que servia para alimentar todas as minhas expectativas; mas eu já havia pensado e repensado muito sobre elas. Já não existem mais.
Por mais que eu lamente. Afinal o afeto que tinha de você era suficiente, ele já me fazia se sentir amada. Fazia o sol que me cegava toda manhã ser uma lembrança do quanto a noite anterior fora ótima, e a lua me fazia esperar e contar cada segundo para revê-lo, abraçá-lo, estar contigo. Se eu sentia o seu perfume no ar, por mais que não fosse você, meu corpo já saia do controle, meus instintos procuravam desesperadamente o portador daquele cheiro que me trazia lembranças tão boas. Estava, estou, louca por você - estou louca sem você.
Louca, perdidamente louca por não ter mais a quem me moldar. Agora sou só mais uma, que por falta da tua companhia, me prendo a qualquer coisa que me transmita afeto. Por mais que seja um bicho de pelúcia, mas eles não são inusitados e nem espontâneos como você. O fato é que me perder por você já vale a pena, por mais que eu saia da minha realidade e sanidade. Não gosto do jeito que você me deixou, mas o que há de se fazer contra o destino?! Promessas de amor ou discursos feitos em frente ao espelho não contam como forma de reação e sim como arrependimento.
Mas, o pior passou. Pelo menos hoje eu só me vejo pressas a um espítito, uma essência. Antes eu realmente te tinha como figura e me torturava sentir tua presença em cada canto da cidade que passamos trôpegos as risadas, mas como já disse antes: Passou.
A única coisa que não passa é esse bendito amor que eu sinto por ti. Eu sempre irei dizer: Eu te amo!

Um comentário:

  1. Ola Maiara...espero que o "motivo" deste texto leia ele..por que ficou mto lindo!

    Parabens

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