Meus passos são anciosos, por mais que normais. O sol não me deixa abriri os olhos direito, mas do que importa o sol e o calor se o meu pensamento está em outra direção, e nesse pensamento o sol não passa de mera ficção. Eu começo a perceber que estou suspirando, as pessoas me olham de uma forma diferente, parecem poder decifrar o que o meu sorriso demonstra.
A cada segundo em que meu tênis toca o chão eu tenho a certeza de que estou chegando ao meu destino e que eu estou cada vez mais próxima de poder satisfazer aquela louca vontade que eu possuo e que está me corroendo por dentro. Não sei porque eu me apavorei se o destino final sempre é ser feliz.
O vento faz mechas em meu cabelo, para muitas pessoas isso pode ser desagradável. Para mim normalmente isso seria o fim do mundo, mas não o meu cabelo pode fazer a perspicácia que quizer, pois hoje nada vai tirar essa sensação de felicidade do meu rosto.
Não me importo com a minha maquiagem, por mais que eu a tenha feito. Não vou atrapalhar a minha felicidade por alguma obra de insegurança. Os que passam em volta olham abismados a tal menina que está sorrindo sem um motivo aparente. Ela não olha para o chão para ver no que pisa. Como que eu posso não ligar para isso?!
Ali vem a tal pessoa que me faz sorrir sem motivo, não ligar para a minha aparência, não ligar para o que se passa a minha volta. Ele é o tal menino que me encantou desde a primeira vez que o vi, mesmo que a troca de olhares tenha durado menos de dez segundos.
E o meu mundo parou com o primeiro abraço, fiquei sem reação. Ah, como aquilo que estava se passando estava me fazendo tão bem.
É uma pena o tempo não ser ao nosso favor, mas mesmo assim nada importa. A única coisa que importa é o momento em que estamos vivendo.
Afinal...
A gente nunca sabe quando uma história vai começar.
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