' E assim o tempo vai passando...

sábado, 12 de março de 2011

Medo :x


Sua vida estava praticamente perfeita, ela estava com seus amigos, feliz, cantando, sorrindo, mas uma hora aquilo a ecstasiou, a encheu de uma forma extremamente perturbadora, resolveu ir embora.
Ao sair, seu mundo estava praticamente acabado, o pouco que ela havia conseguido reconstruir fora novamente por água abaixo.
Ela jamais imaginava que aquilo pudesse acontecer, mas infelizmente aconteceu.
Antes de chegar ao taxi que a aguardava fora abordada por alguns rapazes e o pior aconteceu.
A forçaram a entrar dentro de um carro, deram voltas e voltas e voltas pela cidade, a forçaram a beber um liquido amargo, então não se lembra mais de nada.
Á unica coisa, a cena que mais marcou, foi a de acordar em um lugar completamente estranho, estar nua, seu vestido jogado ao chão rasgado, ficou perplexa, chocada em cima da cama, a única coisa que conseguia fazer era chorar, não raciocinava, sabia que precisava sair de lá, mas não conseguia sequer se mecher.
Sua primeira reação foi se levantar e tentar abrir a porta que estava trancada, se desesperou mais ainda, olhou pelo quarto, havia um interfone o pegou e mal e mal conseguia falar, só sabia chorar.
O porteiro abriu a porta, levou ela para a recepção, lhe deu um copo de água com açúcar, chamou um taxi, não queria causar tormentos a ninguém, mas sabia que não conseguiria guardar aquilo que havia ocorrido só para ela, por mais que estivesse tentando ser forte ainda assim não conseguia deixar de chorar, o seu mundo havia acabado.
Pensou em ligar para a sua mãe, pensou em não ligar para ninguém, pensou apenas em mandar mensagem, mas não se sentiu no direito de fazer isso, só que ela precisava de alguém, precisava compartilhar o que ela havia passado, mas era com ele, era dele que ela precisava de um abraço depois de tudo que passou, mas isso não lhe é mais permitido, mesmo assim ousou mandar-lhe uma mensagem, não sabia o que dizer, só sabia que precisava dele, unica e exclusivamente dele.
Chegou em casa, tomou um banho ainda aos prantos, ela tinha dúvidas do que mais a molhava, se era suas lágrimas ou a água que caia do chuveiro, acho que foi o banho mais longo de toda sua vida, nunca esfregou tanto o seu corpo para se sentir realmente limpa como hoje e mesmo assim é como se alguns resquícios ainda estivessem lá, e jamais irão sair.
Resquícios esses que são marcas psicológicas, ela com toda certeza nunca mais será a mesma!
Se secou, se vestiu, fez uma maquilagem fajuta, depois de tudo isso que aconteceu em sua vida, ainda havia responsabilidades e ela tinha de cumpri-las.
No caminho ligou para sua mãe, contou o que havia ocorrido...
No fundo ela quer acreditar que tudo vai ficar bem, que tudo vai voltar ao normal, mas ela sabe...
... Ela jamais será a mesma!

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